sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Técnicos e Super-Técnicos

Esse é, com certeza, o tema que mais me fascina.

Acredito que deva ser o tema mais debatido na atualidade do basquete brasileiro.

O Head Coach.

O técnico principal, o líder de uma estrutura de vários técnicos competentes e trabalhadores. Todas as entidades necessitam ter um. No Brasil, eles são espécimes em extinção. E o que é pior, sem nenhuma Ong para lutar pela sobrevivência, ou memória, desses animais muito racionais que tantas glórias já proporcionaram para o nosso país.

O Técnico de basquete é aquele que recebe um plantel e o trabalha durante uma temporada, disputando todos os títulos que competir. Tenta manter um alto grau de rendimento físico, técnico e tático, estando sempre ligado nos aspectos motivacionais dos seus atletas. Quando consegue um número significante de vitórias e/ou títulos é enaltecido e, até mesmo, convidado para ser membro de comissões técnicas das seleções nacionais. Fazer parte, porque ele não é um Super-Técnico. O Super-Técnico a Confederação Brasileira tem que importar de países mais evoluídos em termos de técnicos...

O Super-Técnico de basquete é completamente diferente...
É uma função dolorosa, mas que proporciona alto grau de gratificação. O profissional tem que alto domínio de didática, pedagogia, psicologia, comunicação, marketing, fisiologia, fisioterapia, medicina esportiva, direito esportivo e... basquete.
Além de conhecer as outras modalidades esportivas.
Ele tem que ter expertise no relacionamento com os dirigentes, com a imprensa, com torcedores, com ídolos do passado, com familiares dos atletas, com a comunidade do basquete em geral, com árbitros, etc.
E tem que saber conviver com seus atletas...
Aí é que começa a pior parte. Aí é que entra a veia artística.
O Super-Técnico jamais se contenta com o atual patamar de performance do seu atleta. Pode ser a maior fera da NBA. Sempre pode melhorar!
Como mexer no comportamento de um adolescente rebelde, ou de um adulto que já tem o ego inflado?
Que a cada bronca que ele dá, corre no dirigente e faz queixa, dizendo que não aguenta mais?
Temos que agradecer muito ao Super-Técnico Bernardinho, do voleibol, que teorizou a Zona de Conforto. Hoje, a maioria já compreende que um atleta de alto rendimento, mesmo que seja campeão olímpico, não pode se situar na 'zona de conforto'.
No basquete sempre foi assim. O Super-Técnico tem que provocar o desconforto. Em todos os treinos, ele, propositalmente, trabalha o psicológico de quem lhe interessar até o limite que lhe convier. Assim, vai descobrindo reações que nem mesmo ele conhece. As reações são as mais diferentes possíveis. As vezes, determinadas reações são confundidas com indisciplina. O Super-Técnico sabe que não. Ele tem o domínio de que foi ele quem provocou.
Por isso é que certos treinamentos não pode ter platéia...
É obvio que nada disso acontece nos jogos. Todo o trabalho de desenvolvimento deve acontecer nos treinamentos. A voz do Super-Técnico fica entranhada no sub-consciente dos seus atletas.
Só que, às vezes, isso escapa do controle.
Basquete é um jogo de dominação. O Super-Técnico deseja que seus atletas só percebam a sua presença no ginásio. Ignorem o técnico adversário, a torcida adversária, a sua própria torcida, os árbitros...
Por isso é que não pode ter microfone nas pedidas de tempo...

Minha intenção, nesses textos, é escrever o mínimo possível. Mas nesse não teve como escrever menos do que isso.

Para encerrar, fica um apelo. Vamos criar uma Ong para resgatar Edvar Simões, Emanuel Bonfim, Maria Helena, Barbosa, Vendramini, Mical, Zé Boquinha e vários outros que não podem estar afastados do basquete brasileiro.Mesmo que não seja na beira das quadras, que seja formando os futuros super-técnicos.

Cláudio Mortari e Hélio Rubens não podem nem pensar em parar. Marcel tem que estar ativo.

Aonde está o Carlão? E o Marcos Sharp? o Wagnão? o Borracha? a Macau? o Ivan Sales, de MG?

Tem tanta gente...

Tenho certeza de que na hora que publicar vão vir vários nomes importantes na minha cabeça. O basquete brasileiro não pode ter a cara-de-pau de dizer que está indo bem enquanto essas pessoas estiverem fora dele.

Rubén Magnano é Super-Técnico: "Um dos melhores que já vi trabalhar"


Ary Vidal é um dos grandes mestres do basquete brasileiro

Antônio Carlos Barbosa é outro grande mestre do basquete brasileiro

Demétrius tem todas as características
para se tornar um Super-Técnico

Ênio Vecchi é muito experiente e competente

"Eu sou fã de carteirinha do Lula Ferreira"

Miguel Ângelo é Campeão Mundial e Medalhista Olímpico.
 Está cada ano mais maduro e trabalhando melhor.

Raul é uma das grandes promessas
de técnico do basquete brasileiro

"Alberto Bial tem uma enorme influência na minha forma de trabalhar.
 Ele é emocional e participativo.
Bial vai mudar a história do basquete brasileiro com esse trabalho no Ceará"

Zanon tem excelentes trabalhos no masculino e no feminino





quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Percentuais

Quando eu comecei a trabalhar com basquete, aprendi que o jogo possuía 50% de fatores físicos e 50% de fatores emocionais.

Quando eu alcancei 10 anos de profissão comecei a ficar desconfiado de que esses percentuais estavam errados. Na verdade eram 40% físicos e 60% emocionais.

Quando atingi 20 anos de carreira, minha visão clareou. 30% físico e 70% emocional estava mais perto da realidade.

Por volta de 2006 (verdade, dirigi minha primeira equipe em 1976!!!) tive a convicção de que o basquete é 80% emocional e 20% físico.

Em 2011, totalmente afastado das quadras, fui convidado para ser técnico de Cabo Frio nos Jogos Abertos Brasileiros. Convidei o Rodrigo Kanbach para dividir essa tarefa comigo. Ele é um jovem muito estudioso e altamente atualizado. Convidamos alguns atletas que não estavam sendo aproveitados no mercado brasileiro. Um deles era o armador Gegê, do Flamengo, que chegou dizendo que não gostava de ir para a cesta. Ele falava que seu estilo era dar assistências.

Eu resolvi me divertir. Falei para todo mundo que não era mais técnico de basquete. Eu só falava assim:
"Se eu fosse técnico de basquete, eu falaria para você fazer isso, como não sou, você pode fazer do jeito que você quiser!". Por exemplo:
"Gegê, eu não sou mais técnico de basquete, se eu fosse falaria para você que se todo souber que você vai bater para dentro para dar assistência, você não vai conseguir dar nenhuma e não vai marcar nenhum ponto. Seu arremesso é muito bom e nosso time precisa dos seus pontos, mas como eu não sou mais técnico, pode continuar a dar assistências!"
Ele foi o cestinha das vitórias contra o Joinville, do Alberto Bial, e da final, contra a equipe de Minas Gerais, que era composta por atletas do Minas TC e de Uberlândia.
Eu me diverti muito e fomos campeões.

Será que eu vou acabar descobrindo que o basquete é 100% emocional?

Kroll e Fábio Costa, presidente da LBCF, na conquista dos JABs 2011

Gegê foi o atleta que mais evoluiu na competição

Cabo Frio campeão brasileiro

Rodrigo Kanbach e Guilherme Kroll

Final na AA Caldense



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Experiências Emblemáticas

Início dos anos 80.

Eu trabalhava no C.R. Flamengo e já era decidido a ser um grande técnico de basquete.

Eu tinha conquistado uma grande oportunidade. Afinal de contas, havia sido convidado pelo melhor técnico de basquete de todos os tempos para trabalhar no clube da Gávea.

Eu tenho o orgulho de ter sido convidado
pelo melhor técnico de basquete de todos os tempos,
Kanela,
para trabalhar no Flamengo


Togo Renan Soares, o Kanela, era Vice-Presidente de Esportes Olímpicos e me convidou para dirigir as categorias de base dizendo que acreditava em mim. Eu já cursava Educação Física na UERJ.

Eu não perdia um treino da categoria principal. Na época, chamávamos o adulto de principal. Sempre com o meu bloquinho anotando todos os exercícios que eram ministrados.

Nesse texto, eu vou omitir o nome do técnico desse episódio, apesar de que eu o considero um super técnico e um dos principais técnicos da história do basquete brasileiro. Mas ele pode não gostar dessa historinha...

Eu estava sentado na arquibancada do ginásio da Gávea (que hoje se chama Ginásio Togo Soares), anotando tudo, até porque os treinos do principal tinham uma dinâmica rara no basquete brasileiro, e eu ficava inebriado com a qualidade dos treinos que assistia.

De repente, chegou o Kanela perto de mim.

Eu não tive dúvida.

"Seu Togo (eu o chamava de Seu Togo), que treino espetacular!"

Ele ficou roxo de raiva.

"Esse treino está uma M...!"

Eu quase enfartei. Fechei meu caderninho rapidamente e, gaguejando, bem baixinho, questionei:

"Mas Seu Togo, por que o senhor acha que esse treino não está bom?"

Ele não pensou duas vezes.

"Porque não é sequência do treino de ontem!!!"

Passaram-se mais de 30 anos e eu nunca mais esqueci disso.





segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Palavras ao vento

Eu costumo dizer que o Basquete é tão complexo como a Física, a Química ou a Matemática no seu mais alto grau de complexidade. Querer simplificar uma análise de uma partida de Basquetebol chega a ser patético.

Uma partida da Basquete é o somatório dos inúmeros momentos que a compõem. Quando me convidam para dar um curso de basquete eu fico olhando para a pessoa que convidou a espera do complemento do convite. Qual é o sub-tema que você quer que eu aborde?

Essa pergunta é natural.

O texto que escrevi hoje, pela manhã, gerou uma série de e-mails com as mais diferentes interpretações. Isso foi interessante. Gerou polêmica. Que bom que ainda consigo isso.

Houve dirigente que saiu em defesa do NBB. Isso foi desnecessário. Existe o espetáculo e existe o Jogo.

O espetáculo está sendo muito bem conduzido. Jamais colocaria isso em xeque nesse momento. Até porque sou fã de carteirinha do Kouros desde o tempo em que ele era diretor de basquete do Minas TC e eu era vice-presidente da Federação Mineira. Ele sempre foi um dos grandes dirigentes do basquete brasileiro.

Em relação ao jogo eu gostaria de fazer inúmeras restrições sem atacar os técnicos que militam nas equipes principais do basquete brasileiro. Não que eu seja fã de todos eles. Mas eu acho que o grande problema está na base.

Precisamos de grandes técnicos formadores na base urgentemente. Eu tenho um enorme orgulho em ter no meu currículo ser assistente de Edvar Simões, Cláudio Mortari, Emanuel Bonfim, Alberto Bial, Lula Ferreira, Zé Luis, Emerson Tadiello, Pingo, entre outros, e ter convivido com Maria Helena, Heleninha, Hélio Rubens, Miguel Angelo, Marcus Hygino, Paulo Bassul, Mila, Paulo Chupeta, Miguel Palmier, Christiano Medeiros, entre tantos outros.

Somente a convivência com grandes técnicos fornece valores corretos para os técnicos da base. Eles têm que fazer imersão em categorias superiores. Eles têm que perguntar tudo e aprender sem perguntar. Eles têm que cativar os principais atletas da categoria adulta para ensinar fundamentos aos seus atletas nas horas vagas. E sentar numa cadeira e aprender.

A volta dos que não foram

Eu tenho uma vida dedicada, integralmente, ao basquete.

Joguei no Botafogo F.R. e sou Emérito (laureado) no clube.

Trabalhei 10 anos como técnico do C.R. Flamengo e tenho a honra de estar na Calçada da Fama como 'Grande Mestre' na entrada do clube.

Fui técnico da Seleção Brasileira de Base por 4 anos numa época de glórias do basquete brasileiro.

Trabalhei 10 anos nos grandes clubes de São Paulo. 5 anos em Minas Gerais. Representei Rio, São Paulo e Minas Gerais em inúmeras competições nacionais.

Fui superintendente-técnico da Federação do Rio por 8 anos, na melhor época do basquete do nosso estado.

Foi quando surgiu uma inimizade pessoal com o então presidente da CBB, Grego, e me afastei da modalidade, indo militar no futebol profissional.

Ajudamos a desenvolver o Macaé Esporte, subimos para a elite do futebol do RJ e ascendemos para a Série C do Brasileirão. Migrei para o marketing político e assessorei várias campanhas políticas, sempre ligadas ao esporte.

Recentemente, tive uma longa conversa com o Grego, e percebi que errei muito em relação à ele.

Isso contribuiu, e muito, para que reacendesse, dentro de mim, a chama que nunca se apagou.

Entre as minhas formações, sou formado em Educação Física pela UERJ e pós-graduado em Especialização em Técnico em Basquetebol pela Universidade de São Paulo (USP).

Sinto desejo de voltar a militar no basquetebol. O grande problema é o atual quadro que tenho assistido. O basquete que aprendi é um pouco diferente.

O Basquete que é o melhor esporte do mundo (não o mais praticado, porque as regras não são simplificadas, nem os gestos, naturais) é um Grande Jogo.

Um jogo de dominação. Um jogo de equilíbrio (físico e psicológico). Um jogo de tomadas de decisão. Um jogo para pessoas fortes. Um jogo de personalidade. Um jogo aonde tem que haver vencedores.

Eu acredito que os brasileiros, a partir de um determinado momento, perderam o valor do jogo.

Perderam os valores básicos desse jogo. Reina a hipocrisia. Os grandes pensadores foram afastados ou aposentados. Os grandes técnicos se aposentaram. Não existem mais modelos. Imperam as pranchetas. Faltam atitudes. Principalmente na base...


"Após uma longa conversa, me convenci que errei muito em relação ao Grego,
 mas acho que já paguei um preço caro por causa disso"

sábado, 15 de dezembro de 2012

Uma nova visão sobre o Grego

Durante a Campanha Eleitoral da Patrícia Amorim tive um encontro que jamais vou esquecer.
Era uma manhã ensolarada de um sábado, na sede do Flamengo, na Gávea, e a política fervia entre as várias chapas coloridas que representavam os diversos candidatos à presidência do Flamengo. Eu estava trabalhando, com a energia de sempre, tentando eleger minha amiga Patrícia Amorim, quando vi o Grego, ex-presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), vindo nos cumprimentar. Tentei fingir que não tinha visto, mas não teve jeito. Ele veio na minha direção e me falou que eu deveria falar com ele. Fiquei sem graça. Afinal de contas, me julgo uma pessoa educada.

Achei que era a hora de esclarecer algo que me incomodava há muito tempo. Falei para ele: "Grego, eu só tenho um inimigo nessa vida: você". Ele me respondeu que sabia disso mas que não sabia o porque.
"Eu tenho total consciência que fui eu que atirei primeiro. Fui eu quem começou com as agressões e com as acusações", assumi sem nenhum receio, mas não tive alternativa.

"Vivíamos um período muito difícil e a guerra política
 entre as principais estrelas do basquete brasileiro e a CBB era visível.
Eu apoiava o Oscar Schmidt,
que militava no Rio de Janeiro
e era meu amigo pessoal"

"Eu nasci neto de senador e tenho total preparo para o embate político. Mas o que aconteceu, naquela época, transcendeu qualquer limite político. Eu sei que carregava a culpa de tudo que acontecia no basquete do Rio. Como se eu fosse o presidente. A FBERJ era presidida pelo Pedro Arantes, aposentado da Petrobrás Internacional, e só pelo fato dele não ser muito visto em jogos de basquete e eu ser visto em todos, tudo era culpa minha. Mas era ele quem comandava a federação. Até porque ele ia lá todos os dias".

"O Hélio Barbosa foi candidato à presidência da CBB
 pela oposição e o Pedro Arantes resolveu apoiá-lo"

"Quando esquentou o racha político entre a CBB e a FBERJ, o Manteiga, com seu braço direito, passaram a viajar pelo Brasil disseminando que eu tinha tido problemas pessoais em Uberlândia com algumas meninas quando tinha trabalhado lá". Isso foi nojento. Isso ultrapassou a política. Todos sabem que eu tenho sangue quente. Tive pequenas brigas em todos os lugares por onde passei. Pequenas, sim. Não duram 30 minutos. Discussões bobas que eu me arrependo logo em seguida. Mas sempre tem gente que não me desculpa. Pode ter gente em Uberlândia que, para alegrar o Manteiga, insinue alguma coisa. Mas tudo isso é ridículo. O mundo hoje é on-line. Existe rede social. Existe facebook. Não existem mais boatos infundados. O mundo hoje é globalizado. Eu detonei quem quis me destruir e virei inimigo sim.

Ataquei o Grego, o Manteiga e os demais até não poder mais.

Pedro Arantes assume a presidência da CBB

Presidente da Federação do Rio será o interventor após a saída de Grego


Fonte: GLOBOESPORTE.COM 
Veja a foto ampliadaJorge William/O GloboGrego está afastado do comando da CBB
RIO DE JANEIRO - A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) tem um novo presidente. Às 15h30m desta quarta-feira, Pedro Arantes, presidente da Federação de Basquetebol do Rio de Janeiro (FBERJ), assumiu como interventor, em cumprimento da ordem judicial prolatada pela Juíza da 25ª Vara Civil da Comarca do Estado do Rio de Janeiro, Dra. Daniela Ferro Affonso Rodrigues Alves.
A juíza determinara na última sexta-feira o afastamento do presidenteda CBB, Gerasime Bozikis, e de toda a diretoria da entidade, por causa de uma ação movida pelas federações do Rio, Paraná e Espírito Santo.
As três federações acusam a diretoria da CBB de fazer uma gestão temerária da entidade, provocando grave prejuízo financeiro. Entre as supostas irregularidades apontadas estão o descumprimento de ordens judiciais que incluem multas diárias e a falta de pagamento de dívidas e de tributos.
Outras 21 federações divulgaram manifesto contra a destituição da diretoria da CBB.
Sou acusado, até hoje, de ter sido o mentor dessa intervenção. Como assim? O advogado foi o Panhoca, que era advogado do Oscar Schmidt e eu não falo com ele. Quem assinou a petição foi o Pedro Arantes, sem eu saber.
Mas o Grego me deu razão. E me disse que não sabia de nada disso. Me disse que, se o Manteiga fez isso, foi sem ele saber. Eu acreditei. Então, eu errei muito. Porque o Grego ama o basquete. Eu nunca neguei isso.

Conversei mais de duas horas com o Grego e o achei muito maduro e bem intencionado.

Não vou me posicionar, mas pode ser a hora certa para ele aplicar tudo que ele aprendeu até hoje.





quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Anti-Demonização da Patrícia Amorim (parte 1)

Capitão Léo é Presidente do Conselho Fiscal desde a Gestão Márcio Braga.
 Foi  convidado por Patrícia Amorim para trabalhar
 na sua política de vereadora do Rio de Janeiro

Uma vez ultrapassado o pleito eleitoral, com a vitória da Chapa Azul, que conseguiu uma catarse entre as mais diferentes forças da natureza, fica uma enorme esperança de novos tempos para o Clube Mais Querido do Mundo.
Podemos resumir a eleição do Flamengo da seguinte forma:

Patrícia Amorim x Todos os ex-presidentes do Flamengo

O marketing político da oposição utilizou as fatalidades do futebol profissional para disseminar nas redes sociais um verdadeiro processo de 'demonização' da imagem da presidente Patrícia Amorim.

Eu estou há 5 anos residindo em Macaé, ajudando a construir a imagem do Macaé Esporte, mas conheço a capacidade e a índole da minha amiga Patrícia Amorim. No último mês antes da eleição, vim para o Rio para colaborar em sua campanha e me assustei com o seu abandono em relação aos 'cardeais' rubro-negros. Fui tentar descobrir o porque disso tudo.

A primeira grande justificativa dada foi o caráter da sua assessoria. Na verdade, ninguém consegue atacar, pessoalmente, a Patrícia. Todos preferem atacar seus generais.

Vou começar pelo 'Capitão Léo'. Eu gosto muito dele. Não o conheço profundamente mas sei que tem origem na Torcida Jovem do Flamengo. Não pode ser estigmatizado por isso. Não tenho conhecimento de nada que desabone a sua vida pessoal e pública. É flamenguista apaixonado e um grande articulador. Tenho um grande prazer em desfrutar da sua companhia. Sabe muito sobre o que acontece dentro do Flamengo.
O que eu não entendo é que acusam a Patrícia de ter 'colocado o Capitão Léo para proteger as suas contas'. Isso não pode ser verdade. O Capitão Léo é presidente eleito do Conselho Fiscal desde a Gestão Márcio Braga e foi ferrenho opositor do projeto que transformava a Gávea num shopping-center.

O fato da mídia ter 'denunciado' que o Capitão Léo era lotado no gabinete de vereadora da Patrícia Amorim pode ter várias interpretações. A minha, que conheço de política, é que a Patrícia sempre quis ter um cabo eleitoral de vereador do calibre do Capitão Léo. Vale lembrar que não é ele que aprova contas. O Conselho tem membros de todos os partidos. Ele é só o presidente eleito.